The Lurker volta ao Rio - (ou garçom, tem uma cereja no meu dry martini)
O Rio de Janeiro não é, definitivamente, local para se estar a trabalho (ainda mais nas férias dos outros – tanto pior se o trabalho for em um fim de semana).
Primeiro, a temperatura é absolutamente proibitiva para que tem que andar “empacotado”. Terno e gravata deveriam ser abolidos no verão. Segundo porque trabalhar parece ser a última das opções de todos os viventes que estejam em idade produtiva. E todo mundo acha divertido, do assensorista ao diretor de corporação, curtir com a cara do "paulista" que tem que andar com o penduricalho (gravata, bem entendido) no pescoço.
De maneira semelhante à Bahia, um dos aspectos mais interessantes da cidade está relacionado à própria população.Via de regra, a receptividade é positiva a brincadeiras que se faça e as pessoas, não importa sua formação, são capazes de articular frases como “preciso levar minha mãe ao cirurgião maxilo-buco-facial” sem fazer careta, nem perder o rebolado, como certos habitantes de outras plagas. Neste sentido cabe a reprodução de alguns diálogos peculiares:
No lobby do Palace
Recepcionista – Are you with the consultive group for CESPE?
The Lurker (aceno afirmativo de cabeça).
R. – Lunch is going to take place at the Cipriani, sir.
TL – Thank you kindly for addressing me in English, but you can do it just as well in Portuguese, as I´m used to (wink).
R. – (sorriso) É que dois estrangeiros já estiveram aqui e imaginei que o Sr. estivesse com eles.
TL. – Logo vi. Mas seu inglês estava tão simpático que não vi motivo para interrompê-la.
R. – (risos) Obrigada. We try our best…
No Empório Verde
The Lurker – Estou procurando por umas balas de tamarindo que existem aqui pelo Rio. Me disseram que vocês tem.
Atendendente – Um minuto só
Senhora – Essas balas são boas?
TL– São feias feito o pecado, tem uma embalagem pior do que biscoito Globo, mas são deliciosas.
S. – Feia feito o pecado! (risos) essa eu nunca havia escutado!
TL – Tenho uma amiga que se refere à elas com “feias como um susto e uma corrida”. Também descreve adequadamente.
(a atendente chega com as balas)
TL – A senhora gostaria de experimentar.
S – Depois dessa descrição, gostaria de pelo menos vê-las antes!
A trilha musical da viagem é cortesia de Carlos Silva Matos, taxista que prepara seus próprios CDs com um bom gosto que deveria ser mais praticado por certas rádios que estão por aí. Cruzando a Lagoa, no caminho da Cobal de volta para Copacabana, Sinatra cantava Let me Try Again, seguido por Nat King Cole com seu The Very Thought of You . Agora imagine isso com as luzes refletidas, o Rio aceso e o tráfego fluindo tranqüilo em uma noite estrelada e com uma árvore de natal “aquática” lançando luzes para o céu.
The Lurker Says: Hemingway disse "ver Paris e depois morrer"... Perdoe-o: ele ainda não conhecia o Rio...
dezembro 31, 2002
dezembro 29, 2002
The Lurker volta ao Rio - "ou quousque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?”
Mal tomo meu assento, na janela de um lotado A300 da Tam, percebo uma altercação na fileira imediatamente à minha frente
O Chato – Qual o número de seu assento?
Jovem – 4A (estende o ticket de embarke) - para a conferência do desconhecido. Nada como estar armada com a verdade (e estar previamente sentada na posissão assignada).
O Chato olha e constata a veracidade do que foi dito. Resolve então retroceder na contra-maré das pessoas que entram. Em voz muito mais alta do que o necessário, dado que a aeronave se encontra no solo, e ele está próximo da cozinha da proa, diz com uma voz em que transpassa vitória sobre o sistema e que o falante vai, agora, resolver seus recalques:
– Aeromoça! Duplicidade de assento! Aeromoça!! Duplicidade de assento!!
Segue-se uma discussão absolutamente desnecessária sobre os direitos do usuário, o qual é sempre o prejudicado, e os códigos de defesa, Infraero, Serviço de Proteção ao Vôo e o capeta de asa. Comento com o passageiro mais próximo sobre como a discussão é desnecessária, já que o assento a meu lado e o imediatamente à frente estão desocupados. Ambos achamos engraçada da afetação do Chato, que quer ir de janelinha, claro.
– Vanessa, se o problema todo é esse, avise que eu cedo meu lugar à janela. Vamos tratar de decolar.
– Muito obrigada, mas estamos contornando a situação.
A essa altura, os demais passageiros já se encontram acomodados, e a porta não pode ser fechada porque o despachante tem que acalmar o sujeito, que agora só falta exigir que o avião seja reformado para receber mais uma janela. Finalmente, a aeromoça cede e pede que, com efeito, eu ceda meu lugar como havia me proposto originalmente.
– Naturalmente – respondo levantando-me – Mas gostaria de me sentar no assento à frente (4B).
– Perfeitamente, responde ela. – Ao que o passageiro a meu lado emenda:
– Ah, sim: Agora você vai lá pra frente e deixa que eu me entenda com o Chato. Muito bonito - diz em tom de graça.
– Sinto muitíssimo - respondo com uma expressão condoída (como se me afetasse muito). Sou imitado em meu sorriso por diversos outros passageiros que acompanham o diálogo. – Todos temos que dar nossa quota de sacrifícios... - completo
Com isso o pessoal em volta desanda a rir abertamente, exatamente no momento em que o Chato aparece, com cara de "no capisco niente" e vai se aboletar na janela que me pertencia. Grandessíssimo pateta.
Já em meu novo assento e depois de algum tempo rindo-me sozinho da situação, abro meu laptop e vou trabalhar no capítulo de um livro que a Amália está preparando sobre, justamente, Satisfação do Usuário... definitivamente, a vida adora estas pequenas ironias...
The Lurker says: Exija seus direitos, lute por suas convicções mas, bolas, vá amolar o boi!
Mal tomo meu assento, na janela de um lotado A300 da Tam, percebo uma altercação na fileira imediatamente à minha frente
O Chato – Qual o número de seu assento?
Jovem – 4A (estende o ticket de embarke) - para a conferência do desconhecido. Nada como estar armada com a verdade (e estar previamente sentada na posissão assignada).
O Chato olha e constata a veracidade do que foi dito. Resolve então retroceder na contra-maré das pessoas que entram. Em voz muito mais alta do que o necessário, dado que a aeronave se encontra no solo, e ele está próximo da cozinha da proa, diz com uma voz em que transpassa vitória sobre o sistema e que o falante vai, agora, resolver seus recalques:
– Aeromoça! Duplicidade de assento! Aeromoça!! Duplicidade de assento!!
Segue-se uma discussão absolutamente desnecessária sobre os direitos do usuário, o qual é sempre o prejudicado, e os códigos de defesa, Infraero, Serviço de Proteção ao Vôo e o capeta de asa. Comento com o passageiro mais próximo sobre como a discussão é desnecessária, já que o assento a meu lado e o imediatamente à frente estão desocupados. Ambos achamos engraçada da afetação do Chato, que quer ir de janelinha, claro.
– Vanessa, se o problema todo é esse, avise que eu cedo meu lugar à janela. Vamos tratar de decolar.
– Muito obrigada, mas estamos contornando a situação.
A essa altura, os demais passageiros já se encontram acomodados, e a porta não pode ser fechada porque o despachante tem que acalmar o sujeito, que agora só falta exigir que o avião seja reformado para receber mais uma janela. Finalmente, a aeromoça cede e pede que, com efeito, eu ceda meu lugar como havia me proposto originalmente.
– Naturalmente – respondo levantando-me – Mas gostaria de me sentar no assento à frente (4B).
– Perfeitamente, responde ela. – Ao que o passageiro a meu lado emenda:
– Ah, sim: Agora você vai lá pra frente e deixa que eu me entenda com o Chato. Muito bonito - diz em tom de graça.
– Sinto muitíssimo - respondo com uma expressão condoída (como se me afetasse muito). Sou imitado em meu sorriso por diversos outros passageiros que acompanham o diálogo. – Todos temos que dar nossa quota de sacrifícios... - completo
Com isso o pessoal em volta desanda a rir abertamente, exatamente no momento em que o Chato aparece, com cara de "no capisco niente" e vai se aboletar na janela que me pertencia. Grandessíssimo pateta.
Já em meu novo assento e depois de algum tempo rindo-me sozinho da situação, abro meu laptop e vou trabalhar no capítulo de um livro que a Amália está preparando sobre, justamente, Satisfação do Usuário... definitivamente, a vida adora estas pequenas ironias...
The Lurker says: Exija seus direitos, lute por suas convicções mas, bolas, vá amolar o boi!
dezembro 22, 2002
The Lurker em momento de auto-crítica (não ria: amanhã pode ser você... :-)
O CHATO
Ah! Todo chato é bonzinho
Nunca nos fez nenhum mal
Ah! todo chato é calminho
Como se faltasse sal
Ah! todo chato te conta
Aonde passou o natal
E sempre te dá uma dica
De onde ir no carnaval
Ah! todo chato cutuca
Prá você prestar atenção
Chama a cabeça de cuca
E arranha um violão
Diz que inventou uma música
E toca as seiscentas que fez
E quando você abre a tua boca e boceja
Ele toca tudinho outra vez
Ah! Todo chato é gosmento
E não há como evitar
Eu sou um chato e meu Deus não me aguento
Só me tacando no mar.
Eu sou um chato e meu Deus não me aguento
Só me tacando no mar.
Oswaldo Montenegro - OS MENESTRÉIS
O CHATO
Ah! Todo chato é bonzinho
Nunca nos fez nenhum mal
Ah! todo chato é calminho
Como se faltasse sal
Ah! todo chato te conta
Aonde passou o natal
E sempre te dá uma dica
De onde ir no carnaval
Ah! todo chato cutuca
Prá você prestar atenção
Chama a cabeça de cuca
E arranha um violão
Diz que inventou uma música
E toca as seiscentas que fez
E quando você abre a tua boca e boceja
Ele toca tudinho outra vez
Ah! Todo chato é gosmento
E não há como evitar
Eu sou um chato e meu Deus não me aguento
Só me tacando no mar.
Eu sou um chato e meu Deus não me aguento
Só me tacando no mar.
Oswaldo Montenegro - OS MENESTRÉIS
dezembro 21, 2002
The Lurker and the happy life of middle mannagement (ou "keep your powder dry, sonny boy")
Quinta-feira foi um dia insano... A manhã transcorreu calma, com pouca coisa para incomodar e a equipe going by their own affairs. Acho que parte do pessoal já está se integrando, considerando que alguns estão conosco apenas pela segunda semana.
Tirei a tarde de folga (privilégios do comando, so to speak) para comparece ao amigo “ocúltero” da Agência, realizado na casa de um engenheiro, enfiada no final do Lago Norte. E lá estou eu, minding my own business, comendo meu churrasco e conversando sobre o triste destino das telecomunicações nacionais, quando toca o telefone: é o meu subcontratado de elite, querendo discutir coisas sobre a proposta de trabalho. Muito bem, discutamos - fala-se por quase vinte minutos, enfiado em um banheiro, porque a balbúrdia reinante não permite que se ouça sequer os próprios pensamentos (acho que não fiz muitos pontos com o pessoal da fila...)
Tudo esclarecido? Voltemos ao churrasco e à conversa, quando o celular se agita novamente: é o dito cujo outra vez, querendo discutir outros aspectos da proposta. Bolas, não se tem sossego. Corre-se para o banheiro/cabine telefônica. “Está mais claro agora?” ótimo. Onde estava mesmo aquele queijo de coalho?
Só que não é bem assim. Ligo, agora eu, para o pessoal da Avaliação e conto a história. Neste ínterim, o sub contratado também liga para a Avaliação, para confirmar as instruções. Sugestão que recebe deles - ligue para o Gerente Executivo, o qual dá uma sonora patada (ele é argentino) na pobre moça e diz a ela o que eu já havia dito. Hmm... isso está ficando complexo melhor abortar o amigo "ocúltero" e ir pessoalmente resolver esta encrenca, certo? Errado. Ou melhor, decisão certa, bad timming.
Uma técnica que não tinha nada a ver com a história consegue armar uma confusão tal sobre o documento - sobre o qual ela não tinha que saber nada, porque não era parte do projeto - que termino a tarde na mesa da diretora do Centro, discutindo com o diretor executivo aquilo que já havia sido acertado a meses com outro gerente.
Bolas! Amanhã tenho que treinar uma série de elaboradores para a avaliação. Essas pessoas são contratadas deles... mas não espero ter nenhuma posição institucional sobre a realização do projeto tendo-o como parceiro... logo...
a) não treino ninguém até que se resolva a situação e atraso com isso (mais ainda) o cronograma;
b) treino esse pessoal e os contrato na modalidade produto, para que preparem o material necessário;
c)contrato pessoal exclusivo para a o trabalho e desisto de trabalhar com meu sub de elite nessa rodada.
Peek a feature....
O pior é que, na minha opinião, a tal técnica que gerou essa bagunça viu do que se tratava o projeto e tentou entrar pela porta dos fundos, apesar de ter se arrastado dizendo que não foi intencional. Eu abomino este tipo de movimento espertinho.
The Lurker says: Keep your friends close and your enemies closer (and your phasers set to stun).
Quinta-feira foi um dia insano... A manhã transcorreu calma, com pouca coisa para incomodar e a equipe going by their own affairs. Acho que parte do pessoal já está se integrando, considerando que alguns estão conosco apenas pela segunda semana.
Tirei a tarde de folga (privilégios do comando, so to speak) para comparece ao amigo “ocúltero” da Agência, realizado na casa de um engenheiro, enfiada no final do Lago Norte. E lá estou eu, minding my own business, comendo meu churrasco e conversando sobre o triste destino das telecomunicações nacionais, quando toca o telefone: é o meu subcontratado de elite, querendo discutir coisas sobre a proposta de trabalho. Muito bem, discutamos - fala-se por quase vinte minutos, enfiado em um banheiro, porque a balbúrdia reinante não permite que se ouça sequer os próprios pensamentos (acho que não fiz muitos pontos com o pessoal da fila...)
Tudo esclarecido? Voltemos ao churrasco e à conversa, quando o celular se agita novamente: é o dito cujo outra vez, querendo discutir outros aspectos da proposta. Bolas, não se tem sossego. Corre-se para o banheiro/cabine telefônica. “Está mais claro agora?” ótimo. Onde estava mesmo aquele queijo de coalho?
Só que não é bem assim. Ligo, agora eu, para o pessoal da Avaliação e conto a história. Neste ínterim, o sub contratado também liga para a Avaliação, para confirmar as instruções. Sugestão que recebe deles - ligue para o Gerente Executivo, o qual dá uma sonora patada (ele é argentino) na pobre moça e diz a ela o que eu já havia dito. Hmm... isso está ficando complexo melhor abortar o amigo "ocúltero" e ir pessoalmente resolver esta encrenca, certo? Errado. Ou melhor, decisão certa, bad timming.
Uma técnica que não tinha nada a ver com a história consegue armar uma confusão tal sobre o documento - sobre o qual ela não tinha que saber nada, porque não era parte do projeto - que termino a tarde na mesa da diretora do Centro, discutindo com o diretor executivo aquilo que já havia sido acertado a meses com outro gerente.
Bolas! Amanhã tenho que treinar uma série de elaboradores para a avaliação. Essas pessoas são contratadas deles... mas não espero ter nenhuma posição institucional sobre a realização do projeto tendo-o como parceiro... logo...
a) não treino ninguém até que se resolva a situação e atraso com isso (mais ainda) o cronograma;
b) treino esse pessoal e os contrato na modalidade produto, para que preparem o material necessário;
c)contrato pessoal exclusivo para a o trabalho e desisto de trabalhar com meu sub de elite nessa rodada.
Peek a feature....
O pior é que, na minha opinião, a tal técnica que gerou essa bagunça viu do que se tratava o projeto e tentou entrar pela porta dos fundos, apesar de ter se arrastado dizendo que não foi intencional. Eu abomino este tipo de movimento espertinho.
The Lurker says: Keep your friends close and your enemies closer (and your phasers set to stun).
dezembro 18, 2002
The Lurker and the happy life of middle mannagement (ou como enlouqecer sua equipe em duas lições fáceis)
Pop quiz.
Seu subcontratado, um instituto de renome em quem você confia quase cegamente, sofre um abalo interno por uma crise nas duas diretorias de quem você depende. Todo seu trabalho é colocado “on hold” até que haja uma definição por parte da gerência da organização... entretanto, seu cronograma não admite mais atrasos, porque está estourado desde antes das atividades se iniciarem. What do ya do?
.
.
.
O que eu fiz foi providenciar dois caminhos alternativos, contactar e construir uma equipe de stand by, que eu pudesse treinar em tempo recorde. Alterei o cronograma e discuti com minha equipe os procedimentos alternativos... quando chega o pessoal original e diz: “mas nós ainda estamos no páreo”. Bem, bolas, porque não disseram isso antes?
Resultado: devido às alterações de cronograma, temos agora novas dificuldades que não tínhamos, devidas a acordos que precisamos fazer com outros terceirizados envolvidos. E ainda temos a chance de não poder contar com o subcontratado original se as dificuldades deles continuarem. Em três dias viramos nosso cronograma, programas e schedules de ponta cabeça and back again. Isn´t life fun?
The Lurker says: Work your team, cherish your subordinates, but keep your worksheets close.
Pop quiz.
Seu subcontratado, um instituto de renome em quem você confia quase cegamente, sofre um abalo interno por uma crise nas duas diretorias de quem você depende. Todo seu trabalho é colocado “on hold” até que haja uma definição por parte da gerência da organização... entretanto, seu cronograma não admite mais atrasos, porque está estourado desde antes das atividades se iniciarem. What do ya do?
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O que eu fiz foi providenciar dois caminhos alternativos, contactar e construir uma equipe de stand by, que eu pudesse treinar em tempo recorde. Alterei o cronograma e discuti com minha equipe os procedimentos alternativos... quando chega o pessoal original e diz: “mas nós ainda estamos no páreo”. Bem, bolas, porque não disseram isso antes?
Resultado: devido às alterações de cronograma, temos agora novas dificuldades que não tínhamos, devidas a acordos que precisamos fazer com outros terceirizados envolvidos. E ainda temos a chance de não poder contar com o subcontratado original se as dificuldades deles continuarem. Em três dias viramos nosso cronograma, programas e schedules de ponta cabeça and back again. Isn´t life fun?
The Lurker says: Work your team, cherish your subordinates, but keep your worksheets close.
dezembro 16, 2002
The Lurker vai ao casório (ou Torquemada, meu herói.)
O padre já ia pela sua meia hora de sermão, tendo deixado o “sal da terra” para outra cerimônia quando finalmente me dei conta do que, afinal, me incomodava: os nubentes já tinha um filho, certamente com seus três anos, e a noiva, de branco, era enaltecida por suas qualidades maternais. Uma cena comovente não estivesse contra os procedimentos pregados usualmente pela igreja, ainda mais em tempos de concílio vaticano II. O que diria o Observatório Romano, órgão oficial de divulgação do eclesiástico?
Nessas ocasiões sempre faço um retrospecto das diferentes posições da igreja acerca dos comportamentos das pessoas durante os séculos. Houve um tempo em que uma cena deste tipo era encarada com outros olhares. Houve um tempo em que simplesmente não aconteceria. Verdade seja dita, tempos de alguma forma mais hipócritas do que os que vivemos hoje. Por outro lado, esta “flexibilidade” certamente faz com que as pessoas se sintam mais felizes por atingirem seus “objetivos” mais facilmente. Não mudaram agora os pecados capitais? E já não haviam mudado antes? Bem, de onde partiu a definição?
Não me lembro exatamente qual a passagem da Bíblia que diz que mais vale um pecador arrependido do que cem justos (com o perdão da citação mal feita). Se assim é, qual o objetivo de se ser “justo”? Que dizer de todas as pessoas que fazem suas escolhas pelo que pauta a norma, para ver que recebem a mesma acolhida e são louvados por isso aqueles que não fazem o mesmo? E quem tem a autoridade moral para julgar isso? O sacerdote, tratando a divindade como se fosse uma franquia?
Certamente quem me ler, além de achar-me um sujeito muito chato, pensará que acho que isso tudo está errado que para sacristão só me falta o crucifixo (ou talvez o contrário).
Ledo engano. Minha bronca está na miríade de interpretações que a igreja dá aos mesmos fatos através dos tempos. Penso na quantidade de pessoas que foram infelizes antes deste casal, porque não puderam ter as mesmas coisas em seu tempo. Penso na estupidez que é a definição católica de pecado e o quanto a religiosidade oriental é mais sábia que a ocidental neste aspecto, sem recorrer à culpa para “controlar” o homem. No quanto se limitam as pessoas em função do dogma e da frustração que se impõe em função de costumes cujas origens e finalidades já não se conhecem.
Finalmente, as felicitações aos noivos são sinceras... o repúdio ao cinismo clerical também.
The Lurker says: o clero conecta a divindade ao homem... mas este já recebera a mensagem sem portador.
O padre já ia pela sua meia hora de sermão, tendo deixado o “sal da terra” para outra cerimônia quando finalmente me dei conta do que, afinal, me incomodava: os nubentes já tinha um filho, certamente com seus três anos, e a noiva, de branco, era enaltecida por suas qualidades maternais. Uma cena comovente não estivesse contra os procedimentos pregados usualmente pela igreja, ainda mais em tempos de concílio vaticano II. O que diria o Observatório Romano, órgão oficial de divulgação do eclesiástico?
Nessas ocasiões sempre faço um retrospecto das diferentes posições da igreja acerca dos comportamentos das pessoas durante os séculos. Houve um tempo em que uma cena deste tipo era encarada com outros olhares. Houve um tempo em que simplesmente não aconteceria. Verdade seja dita, tempos de alguma forma mais hipócritas do que os que vivemos hoje. Por outro lado, esta “flexibilidade” certamente faz com que as pessoas se sintam mais felizes por atingirem seus “objetivos” mais facilmente. Não mudaram agora os pecados capitais? E já não haviam mudado antes? Bem, de onde partiu a definição?
Não me lembro exatamente qual a passagem da Bíblia que diz que mais vale um pecador arrependido do que cem justos (com o perdão da citação mal feita). Se assim é, qual o objetivo de se ser “justo”? Que dizer de todas as pessoas que fazem suas escolhas pelo que pauta a norma, para ver que recebem a mesma acolhida e são louvados por isso aqueles que não fazem o mesmo? E quem tem a autoridade moral para julgar isso? O sacerdote, tratando a divindade como se fosse uma franquia?
Certamente quem me ler, além de achar-me um sujeito muito chato, pensará que acho que isso tudo está errado que para sacristão só me falta o crucifixo (ou talvez o contrário).
Ledo engano. Minha bronca está na miríade de interpretações que a igreja dá aos mesmos fatos através dos tempos. Penso na quantidade de pessoas que foram infelizes antes deste casal, porque não puderam ter as mesmas coisas em seu tempo. Penso na estupidez que é a definição católica de pecado e o quanto a religiosidade oriental é mais sábia que a ocidental neste aspecto, sem recorrer à culpa para “controlar” o homem. No quanto se limitam as pessoas em função do dogma e da frustração que se impõe em função de costumes cujas origens e finalidades já não se conhecem.
Finalmente, as felicitações aos noivos são sinceras... o repúdio ao cinismo clerical também.
The Lurker says: o clero conecta a divindade ao homem... mas este já recebera a mensagem sem portador.
dezembro 12, 2002
The Lurker living la vida rouca
O dia hoje foi especial em vários sentidos (e dimensões). Iniciou-se com a já decantada em prosa e verso entrevista para o doutorado. Ao invés de ser na Universidade, poderia muito bem ter sido realizada no bar da esquina. Foi uma conversa sobre metodologia e ciência entre quatro pessoas que se conhecem a cerca de 10 anos, detalhando como conduzir a pesquisa e quais os planos para os próximos anos. Não sei se serei selecionado, mas com certeza a entrevista desta vez foi muito superior a que realizei para o mestrado. Provavelmente porque a proposta de trabalho estava muito melhor construída e previamente discutida com o (futuro?) orientador.
Seguiu-se o trabalho, dentro do convencional e esperado, até que, finalmente nossa sala foi dada como entregue e pronta. Que coisa ótima poder se ter o seu próprio canto para trabalhar e acabar com esta vida nômade das últimas semanas! Como nada é perfeito, das cinco máquinas adquiridas, apenas quatro foram entregues. E destas duas não tem placa de rede... bolas. Mas pelo menos a questão do local e parte das condições de trabalho estão resolvidas.
Finalmente, deveria haver uma teleconferência sobre os resultados do SAEB hoje - basicamente a continuação do que se discutiu no Rio até ontem - que duraria até as 22 horas. Como se pode ver claramente, isso não aconteceu. A organização foi fabulosa: primeiro fomos ao SENAC, onde o sinal não chegava com qualidade e eles não conseguiam receber a transmissão. Dali, corre-se para a ANATEL. Paro pela primeira vez na vida em uma vaga reservada (mas não para mim) e corremos... para concluir que ninguém lá fazia a menor idéia do que estávamos falando... O que nos catapultou para a Embratel. Desisti depois de conversar por 15 minutos com o Túlio, presidente do Instituto Embratel 21 que esclareceu o porque a Embratel não poderia ter qualquer relação com o processo, devido a falta de assinatura de acordo. Ele não se lembrava de mim, mas eu me lembro dele. É dos caras mais acessíveis que conheci na área de telecom. Recomendou-nos que tentássemos em alguma escola, já que a transmissão ia ser pelo TV Escola do MEC... ora bolas, já havíamos perdido uma hora e meia da conferência. Escola? Acho que chega, não? Espero que eles gravem isso lá no INEP.
The Lurker says: Não interessa o quão relevante é o seu trabalho, se você não consegue se organizar para divulgá-lo.
O dia hoje foi especial em vários sentidos (e dimensões). Iniciou-se com a já decantada em prosa e verso entrevista para o doutorado. Ao invés de ser na Universidade, poderia muito bem ter sido realizada no bar da esquina. Foi uma conversa sobre metodologia e ciência entre quatro pessoas que se conhecem a cerca de 10 anos, detalhando como conduzir a pesquisa e quais os planos para os próximos anos. Não sei se serei selecionado, mas com certeza a entrevista desta vez foi muito superior a que realizei para o mestrado. Provavelmente porque a proposta de trabalho estava muito melhor construída e previamente discutida com o (futuro?) orientador.
Seguiu-se o trabalho, dentro do convencional e esperado, até que, finalmente nossa sala foi dada como entregue e pronta. Que coisa ótima poder se ter o seu próprio canto para trabalhar e acabar com esta vida nômade das últimas semanas! Como nada é perfeito, das cinco máquinas adquiridas, apenas quatro foram entregues. E destas duas não tem placa de rede... bolas. Mas pelo menos a questão do local e parte das condições de trabalho estão resolvidas.
Finalmente, deveria haver uma teleconferência sobre os resultados do SAEB hoje - basicamente a continuação do que se discutiu no Rio até ontem - que duraria até as 22 horas. Como se pode ver claramente, isso não aconteceu. A organização foi fabulosa: primeiro fomos ao SENAC, onde o sinal não chegava com qualidade e eles não conseguiam receber a transmissão. Dali, corre-se para a ANATEL. Paro pela primeira vez na vida em uma vaga reservada (mas não para mim) e corremos... para concluir que ninguém lá fazia a menor idéia do que estávamos falando... O que nos catapultou para a Embratel. Desisti depois de conversar por 15 minutos com o Túlio, presidente do Instituto Embratel 21 que esclareceu o porque a Embratel não poderia ter qualquer relação com o processo, devido a falta de assinatura de acordo. Ele não se lembrava de mim, mas eu me lembro dele. É dos caras mais acessíveis que conheci na área de telecom. Recomendou-nos que tentássemos em alguma escola, já que a transmissão ia ser pelo TV Escola do MEC... ora bolas, já havíamos perdido uma hora e meia da conferência. Escola? Acho que chega, não? Espero que eles gravem isso lá no INEP.
The Lurker says: Não interessa o quão relevante é o seu trabalho, se você não consegue se organizar para divulgá-lo.
dezembro 11, 2002
The Lurker vai ao Rio.
Cidade interessante, o Rio de Janeiro. Apesar de toda as cores paranóicas com que pintam a cidade, jamais tive um cisco para dizer de desagradável sobre ela – antes pelo contrário. Dizem que é porque eu não tenho que dirigir por lá. Deve fazer algum tipo de sentido. Acho que, na era moderna, a memória mais antiga que tenho da cidade é da Copa Mundial de Esgrima (96?) e desde então não se passa um ano sem que passe por lá pelo menos seis vezes. By the way, só no Rio se imaginaria colocar uma pista de esgrima na areia de Copacabana...
O carioca, assim como o baiano em Salvador, por si só faz com que a cidade valha a pena. A vibração é sempre muito interessante, conquanto nem sempre você sinta certeza da autenticidade de seu interlocutor. Mas isso deve vir junto com o Kit Malandro da Lapa, que devem instalar em alguns na maternidade. Para variar, continuo chamando o morro do Leme de “aquela montanha ali”, mas creio que estou melhorando (antes era tudo Urca) e agora já consigo me orientar em Copa. Dominei, finalmente o bairro. One down, fifteen hundred to go. :-)
Esta viagem foi excelente, em parte por reencontrar amigos de trabalho de tempos passados e ver que determinados laços duram um bocado. Senti-me de volta ao convívio dos antigos(as) companheiros(as) como se apenas tivesse me ausentado por uns dois dias. Que sensação fenomenal esta. Recomendo.
O highlight desta feita esteve por conta do Margutta, simpático restaurante na Av. Henrique Dummont, 62, em Ipanema, que me foi recomendado por gente especial com E maiúsculo. Sabia que o nome lembrava alguma coisa – Osteria Marguta – restaurante na rua da qual o estabelecimento leva o nome, perto da Piazza di Spagna, em Roma, muito conhecido por ser um dos locais favoritos de Fellini. Pequeno, com um atendimento simpaticíssimo (apesar de não tocar CDs a pedido – o que é compreensível), o Margutta foi escolhido em outubro como o segundo melhor restaurante de pescados do Rio. E aprovado pelo Paulo Nicolai deve ter um ou outro vinho interessante escondido em algum lugar.
The Lurker Rule nº 16: Faça amigos. Preserve os amigos. Eat, drink and be merry!
Cidade interessante, o Rio de Janeiro. Apesar de toda as cores paranóicas com que pintam a cidade, jamais tive um cisco para dizer de desagradável sobre ela – antes pelo contrário. Dizem que é porque eu não tenho que dirigir por lá. Deve fazer algum tipo de sentido. Acho que, na era moderna, a memória mais antiga que tenho da cidade é da Copa Mundial de Esgrima (96?) e desde então não se passa um ano sem que passe por lá pelo menos seis vezes. By the way, só no Rio se imaginaria colocar uma pista de esgrima na areia de Copacabana...
O carioca, assim como o baiano em Salvador, por si só faz com que a cidade valha a pena. A vibração é sempre muito interessante, conquanto nem sempre você sinta certeza da autenticidade de seu interlocutor. Mas isso deve vir junto com o Kit Malandro da Lapa, que devem instalar em alguns na maternidade. Para variar, continuo chamando o morro do Leme de “aquela montanha ali”, mas creio que estou melhorando (antes era tudo Urca) e agora já consigo me orientar em Copa. Dominei, finalmente o bairro. One down, fifteen hundred to go. :-)
Esta viagem foi excelente, em parte por reencontrar amigos de trabalho de tempos passados e ver que determinados laços duram um bocado. Senti-me de volta ao convívio dos antigos(as) companheiros(as) como se apenas tivesse me ausentado por uns dois dias. Que sensação fenomenal esta. Recomendo.
O highlight desta feita esteve por conta do Margutta, simpático restaurante na Av. Henrique Dummont, 62, em Ipanema, que me foi recomendado por gente especial com E maiúsculo. Sabia que o nome lembrava alguma coisa – Osteria Marguta – restaurante na rua da qual o estabelecimento leva o nome, perto da Piazza di Spagna, em Roma, muito conhecido por ser um dos locais favoritos de Fellini. Pequeno, com um atendimento simpaticíssimo (apesar de não tocar CDs a pedido – o que é compreensível), o Margutta foi escolhido em outubro como o segundo melhor restaurante de pescados do Rio. E aprovado pelo Paulo Nicolai deve ter um ou outro vinho interessante escondido em algum lugar.
The Lurker Rule nº 16: Faça amigos. Preserve os amigos. Eat, drink and be merry!
dezembro 09, 2002
Aftermatch da correção das provas (ou jornada ao Muro das Lamentações).
Picture this: uma legião de alunos que ficou de flauta o ano inteiro agora se descabela frente ao resultado pífio de suas iniciativas nas avaliações, as quais contemplavam a matéria dos dois semestres. Quem ouvisse a balbúrdia gerada na frente do quadro de notas haveria de imaginar que uma horda de banshees surgira de dentro da terra para atazanar os mortais. A variedade é assombrosa: dos que eventualmente poderiam ter alguma razão em suas lamúrias, àqueles que simplesmente não calcularam direito sua nota e agora pedem pontos de que não necessitam (passaram na prova mas foram reprovados na matemática). Promessas de emendas e pedidos os mais variados, incluindo processos de arredondamento “criativos”. E todos têm primazia sobre seus próprios colegas, claro, pois são especiais e diferentes em suas solicitações. Ora bolas.
Dizem que é uma atitude humana a atribuição de características ao passado de que este nunca dispôs, necessariamente. Ou seja, creditamos a ele valores de que nunca dispôs, mas que consideramos relevantes e, no limite, sentimos falta do que não conhecemos. Bem, eu realmente me pergunto se meu avô se deparava com esse tipo de coisas na Faculdade de Medicina quando lecionava por lá. Conta a lenda que um determinado aluno foi reprovado na cadeira de Clínica Geral (lecionada por meu avô) nada menos que seis vezes. Tratava-se de uma das últimas cadeiras do curso que, então, possuía duração de sete anos. Diz a mesma lenda que, ao final do sétimo ano, o mencionado aluno foi aprovado por “decurso de prazo” (ou algo assim). O que eu gostaria de saber é: será que meu avô, enquanto professor por mais de 30 anos, teve que suportar o mesmo tipo de baboseiras que eu agüento hoje? Sheesh!
The Lurker says: nada é tão medíocre que não possa ser patético.
Picture this: uma legião de alunos que ficou de flauta o ano inteiro agora se descabela frente ao resultado pífio de suas iniciativas nas avaliações, as quais contemplavam a matéria dos dois semestres. Quem ouvisse a balbúrdia gerada na frente do quadro de notas haveria de imaginar que uma horda de banshees surgira de dentro da terra para atazanar os mortais. A variedade é assombrosa: dos que eventualmente poderiam ter alguma razão em suas lamúrias, àqueles que simplesmente não calcularam direito sua nota e agora pedem pontos de que não necessitam (passaram na prova mas foram reprovados na matemática). Promessas de emendas e pedidos os mais variados, incluindo processos de arredondamento “criativos”. E todos têm primazia sobre seus próprios colegas, claro, pois são especiais e diferentes em suas solicitações. Ora bolas.
Dizem que é uma atitude humana a atribuição de características ao passado de que este nunca dispôs, necessariamente. Ou seja, creditamos a ele valores de que nunca dispôs, mas que consideramos relevantes e, no limite, sentimos falta do que não conhecemos. Bem, eu realmente me pergunto se meu avô se deparava com esse tipo de coisas na Faculdade de Medicina quando lecionava por lá. Conta a lenda que um determinado aluno foi reprovado na cadeira de Clínica Geral (lecionada por meu avô) nada menos que seis vezes. Tratava-se de uma das últimas cadeiras do curso que, então, possuía duração de sete anos. Diz a mesma lenda que, ao final do sétimo ano, o mencionado aluno foi aprovado por “decurso de prazo” (ou algo assim). O que eu gostaria de saber é: será que meu avô, enquanto professor por mais de 30 anos, teve que suportar o mesmo tipo de baboseiras que eu agüento hoje? Sheesh!
The Lurker says: nada é tão medíocre que não possa ser patético.
dezembro 08, 2002
Hoje foi um saudável dia para se ler provas... provas de alunos que precisaram de notas complementares àquelas regulares, para tentar (em vão) mostrar que aprenderam o que não sabem. Vamos falar seriamente: quem foi que enfiou na cabeça deste pessoal que eles tem que fazer curso superior? Tem tanta gente bem de vida por aí que nunca sentou nem em banco de 2º grau, quem dirá faculdade. Vejam o que diz a IstoÉ desta semana sobre gente que sai das "fileiras populares" e vence na vida em grande estilo... e dá uma sonora pernáquia para a edução formal. Não é preciso ser doutor para progredir.
Em resumo, The Lurker says: Get a life! Se você quer seguir vida acadêmica, bem vindo(a). Se o caso é de não adaptação às regras do jogo, tente fazer outra coisa e deixe a academia em paz! Estude, de preferência alguma que lhe faça feliz profissionalmente. Não se trata de propor que a pessoa estude menos (pelo contrário). Mas sim que seja algo que efetivamente aprecie e que lhe permita a subsistência com dignidade. De que serve mais um bacharel no camelódromo? Não seria melhor um técnico na fábrica? Ou um comerciante bem posto na praça?
Em resumo, The Lurker says: Get a life! Se você quer seguir vida acadêmica, bem vindo(a). Se o caso é de não adaptação às regras do jogo, tente fazer outra coisa e deixe a academia em paz! Estude, de preferência alguma que lhe faça feliz profissionalmente. Não se trata de propor que a pessoa estude menos (pelo contrário). Mas sim que seja algo que efetivamente aprecie e que lhe permita a subsistência com dignidade. De que serve mais um bacharel no camelódromo? Não seria melhor um técnico na fábrica? Ou um comerciante bem posto na praça?
LURKER - by The Jargon Dictionary
One of the `silent majority' in a electronic forum; one who posts occasionally or not at all but is known to read the group's postings regularly. This term is not pejorative and indeed is casually used reflexively: "Oh, I'm just lurking."
One of the `silent majority' in a electronic forum; one who posts occasionally or not at all but is known to read the group's postings regularly. This term is not pejorative and indeed is casually used reflexively: "Oh, I'm just lurking."
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